Dicas

 

 

 Dica 1

A importância de uma inspeção prévia

Na necessidade de uma reforma nas instalações elétricas de uma edificação

ou sua adequação, é muito útil a inspeção realizada por um engenheiro

especializado, que seja independente da empresa a ser contratada.

Este profissional apontará os problemas reais da edificação

fazendo um check-up que traz economia e diminui riscos

pois muitas vezes a obra diagnosticada pelo condomínio

apenas encontra os sintomas de um problema, sem eliminar

a verdadeira causa.

Por isso este laudo técnico é de grande valia, ele servirá de

parâmetro para solicitar os orçamentos e avaliá-los

Basta pedir para que as empreiteiras orcem o serviço seguindo

exatamente as especificações técnicas do diagnóstico.

Este documento aponta os problemas da edificação, recomendando

também soluções técnicas e os melhores procedimentos a serem

adotados. É uma economia de tempo, que diminui a quantidade de

visitas das empreiteiras para avaliação do local.

Mas quando é necessário fazer a reforma de uma instalação elétrica?

Esta inspeção de um especialista pode ajudar a definir, mas

certamente edificações com mais de dez anos são fortes candidatas.

É conveniente contratar uma inspeção para verificar a saúde da edificação

e dos equipamentos, pois isso depende de fatores como seu uso,

o projeto original e a manutenção.

Há alguns sinais que mostram quando se deve

deve agir rapidamente. Faça um teste aqui

 

Dica 2

 

Dicas de Segurança

Com eletricidade não se brinca. Todos os dias estamos sujeitos a levar choques elétricos

ou causar acidentes devido ao mau uso da energia elétrica.

 Para evitar tudo isso, indicamos aqui algumas medidas bem simples

 mas que são negligenciadas por grande parte das pessoas.

Fique ligado!

Cuidados em casa 

Quandofor trocar um lâmpada desligue disjuntor
 Não sobrecarregue as instalações elétricas;
 Nunca coloque mais de dois aparelhos elétricos em uma só tomada
 Evite o uso de "Ts" ou benjamins;
 Ligue o fio terra em todos os equipamentos elétricos que tiverem este fio;
 Use dispositivos de segurança nas tomadas e não deixe aparelhos

 elétricos ao alcance das crianças;
• Leia atentamente as instruções do fabricante ao instalar aparelhos elétricos;
• Feche a água pelo registro antes de mudar a chave seletora quente/frio do chuveiro

ou da torneira elétrica;
• Nunca puxe o fio para desligar um aparelho da tomada;
• Limpe os eletrodomésticos só depois de retirá-los da tomada;
• Verifique se os aparelhos elétricos não estão com os fios desencapados;
• Jamais coloque roupas na parte traseira do seu refrigerador;
• Não mexa na parte interna de uma TV ou vídeo cassete, mesmo que eles estejam

desligados. A carga elétrica fica acumulada em algumas partes do aparelho;
• Ao usar cortador de gramas elétrico, fique atento ao fio de energia do

aparelho para que ele não seja atingido pela hélice;
• Não permita que seu filho solte pipa ou pandorga próximo às redes elétricas;
• Cuidado com instalações elétricas em lugares úmidos, como lavanderias

garagens e jardins;
• Se as lâmpadas ou aparelhos elétricos de sua residência queimam com freqüência,

os disjuntores desarmam ou as tomadas e os fios estão ficando quentes

chame um eletricista qualificado;
• Somente pessoas com conhecimento técnico devem executar trabalhos

em instalações elétricas.

Na rua ou áreas coletivas

• Não entre em áreas de instalações de energia elétrica. Se precisar pegar

alguma coisa que tenha caído neste local, solicite a uma pessoa responsável

pela guarda, operação ou manutenção dessa instalação.
• Respeite os avisos de “Perigo – Alta Tensão” ou “Perigo de Morte

Se foram colocados ali, certamente estão lá para protegê-lo.
• Nunca suba nos postes de energia e nas torres de alta tensão.

Além do choque elétrico, poderá sofrer uma queda.
• Não atire arames, pedras ou outros objetos nos cabos, isoladores

e equipamentos das redes de energia elétrica.
• Quando encontrar um cabo partido no chão, não toque.

Fique longe e chame um profissional da empresa que presta serviços

em sua cidade para resolver o problema.
• Se encontrar uma pessoa que foi eletrocutada, não toque nela.

Afaste o cabo ou o fio da pessoa com um pedaço de madeira seca ou

outro objeto que não conduza a energia elétrica e chame socorro.
• Fogueiras e queimadas debaixo dos cabos de rede de energia elétrica

podem danificá-los e provocar falta de energia e acidentes.
• Não suba nem se encoste em árvores que estejam tocando

os cabos das redes de energia elétrica.
• Em acidentes automobilísticos envolvendo postes de energia elétrica,

 

se estiver dentro do veículo procure não sair até chegar o socorro.

Se não for possível esperar, salte para longe do carro com os dois pés juntos,

evitando encostar-se ao veículo e ao chão ao mesmo tempo. 
• Caminhões com cargas muito altas podem ficar presos nos cabos

da rede elétrica. Se isto ocorrer, não toque no veículo.
• Em uma tempestade com descargas atmosféricas (raios),

não fique debaixo de árvores, principalmente em lugares abertos.

Dentro de casa, desligue os aparelhos das tomadas e evite atender ao telefone.

Equipamentos

• Não sobrecarregue as instalações elétricas. Elas devem ser projetadas e executadas

de modo que seja possível prevenir perigos como incêndios e curtos-circuitos

devido ao superaquecimento dos fios.
• Nunca ligue ou opere equipamentos elétricos se não estiver familiarizado

com o funcionamento deles. 
• Jamais toque em circuitos ou equipamentos elétricos quando

estiver com as mãos, roupas ou calçados molhados. 
• Ligue o fio terra em qualquer equipamento elétrico.
• Verifique sempre se os aparelhos elétricos não estão com os fios desencapados. 
• Reparos e manutenção
• Somente profissionais qualificados são habilitados a trabalhar com instalações elétricas. 
• Reformas e obras civis, poda de árvores e trabalhos próximos à rede elétrica

só devem ser realizados por pessoas com conhecimento técnico.
• Antes de iniciar qualquer trabalho na rede elétrica, o profissional deve interromper

a corrente e deixar um aviso para que os outros não a liguem
• Em emendas de fios, faça uma boa isolação. 
• Dispense o máximo de cuidado quando trabalhar próximo a redes ou chaves elétricas.
• Jamais improvise: use material e ferramentas adequados.
• Desligue o circuito ao trocar uma lâmpada. 
• Instale antenas ou outros objetos metálicos longe da rede de energia elétrica.

Crianças

• Não deixe tomadas e aparelhos elétricos ao alcance de crianças
• Ao soltar pipas ou pandorgas procure lugares longe de redes de energia elétrica.
• Se a pipa enroscar nos cabos da rede, não tente tirá-la. Chame

um profissional da empresa de energia elétrica de sua cidade.

Revisão e reformas

As edificações sofrem desgastes com o passar do tempo, e quanto mais velhas ficam,

maior é a necessidade de um check-up. Uma análise cuidadosa das

condições de um imóvel contribui para a valorização deste patrimônio e

garante que ele seja seguro para toda a comunidade.

Atualmente, qualquer imóvel com mais de dez anos precisa passar

por uma análise criteriosa, sendo as redes elétricas uma das prioridades.

Em geral, elas não foram dimensionadas para as atuais necessidades de consumo

e muitas vezes estão em estado precário.

O problema do envelhecimento das instalações elétricas, que geralmente tem

como grave conseqüência o aumento das situações de choques elétricos e

incêndios e gera desperdícios de energia, pode ser resolvido com uma reforma

Dicas 3

Tire suas dúvidas sobre instalação 110V e 220V

 

Por que existem duas voltagens?

Se você já estragou algum aparelho eletrônico porque o ligou na tomada com voltagem errada, já deve ter se perguntado por que existem duas opções de voltagem para as instalações elétricas, 110V e 220V, ao invés de um padrão único.

O engenheiro eletricista Hilton Moreno, consultor técnico do Procobre (Instituto Brasileiro do Cobre), explica que as diferentes voltagens tiveram origem no começo da implantação da eletricidade no Brasil, no início do século 20. “No início da eletrificação não existiam empresas nacionais e nós sofremos a influência de empresas dos EUA e da Europa. As norte-americanas usavam a voltagem 110 e as europeias, 220″ , lembra o engenheiro.

Ele menciona também que, como as primeiras cidades a receberem instalações elétricas foram as da região sudeste, a existência de duas opções está praticamente restrita a algumas regiões destes estados. “Na época que se definiu o padrão, estudos mostraram que o custo para se converter as instalações diferentes para uma só era absurdamente inviável”, relata Hilton Moreno.

Nelson Volyk, gerente de engenharia e qualidade da SIL Fios e Cabos Elétricos, afirma que dependendo da região do Brasil, as residências recebem a eletricidade com tensão de 110V, 115V, 127V e 220V, ou unindo 220V com uma das outras três tensões citadas, sendo chamados de sistema monofásico ou monofásico a dois ou três condutores. “A potência elétrica nos diversos países do mundo é variável, na Europa, por exemplo, a tensão utilizada é de 220V ou 240V”, cita Nelson.

Qual voltagem usar?

As instalações com voltagem 110 e 220 têm o mesmo desempenho, consumo de energia de grau de periculosidade. Ou seja, escolher entre uma ou outra não vai acarretar economia na conta de luz, melhor funcionamento dos aparelhos nem mais segurança para a casa. “O consumo de energia é dado pela potência elétrica (Watts) dos aparelhos que estão ligados na instalação e não pela tensão (Volts). Um aquecedor de 1.500W registrará o mesmo nível de consumo numa instalação de 110V ou de 220V”, observa Nelson Volyk. Da mesma forma, levar um choque em qualquer uma das voltagens é igualmente perigoso e capaz de causar morte.

O engenheiro eletricista Hilton Moreno esclarece que a única diferença entre as voltagens está relacionada ao dimensionamento dos componentes da instalação elétrica, já que usar tensão nominal 220V permite que os fios que vão transportar a energia pela residência sejam de calibre menor, isto é, mais finos do que os usados para 110V. “De certa forma, mas não muito significativa, fazer a instalação em 220V sairia um pouco mais barato, porque os fios seriam mais baratos e a mão de obra também, pois dá menos trabalho puxar um fio mais fino”, afirma Hilton.

Ele também explica que no Brasil se convencionou usar 110V para a alimentação de lâmpadas e tomadas, e 220V para equipamentos de alta potência, como ar condicionados, chuveiros e torneiras elétricas.

Nelson Volyk ressalta que a escolha da tensão nominal não é puramente do usuário. “Temos regiões onde a distribuição elétrica é 110V, 115V ou 127V, em outros é 220V e, em outros ainda bifásica, ou seja, 110V, 115V ou 127V e 220V. Portanto, a escolha não é uma opção do usuário. Por isso, a orientação é procurar um profissional que tenha conhecimento da tensão elétrica da região e local onde executará o serviço, pois ele saberá qual é o caso do imóvel do consumidor”, argumenta.

Os aparelhos bivolts

Os especialistas defendem que não há problema em ter a instalação de iluminação e tomadas de uso geral em 110V e alguns produtos em 220V, mas é essencial conhecer a voltagem de cada parte da casa. Um equipamento 110V vai sofrer um curto-circuito se ligado em 220V e queimar. Além disso, de acordo com o engenheiro eletricista Hilton Moreno, o acidente pode fazer circular uma corrente de curto-circuito pela instalação elétrica capaz de causar danos em outros aparelhos e até de ocasionar incêndios.

No caso contrário, quando algum eletroeletrônico 220V é ligado em 110V, ele pode não funcionar, mas não sofrer danos ou funcionar com uma performance muito abaixo da esperada.

Muitos dos eletrônicos e eletrodomésticos disponíveis hoje no mercado são bivolts, o que significa que são projetados para funcionar tanto em uma quanto em outra voltagem. Estes aparelhos podem ser bivolts automáticos, quando a próprio equipamento reconhece a voltagem da tomada onde está ligado e se adapta, ou manual, quando uma chave geralmente na parte traseira do equipamento pode ser colocada na posição 110V ou 220V.

Caso você possua aparelhos sem essa flexibilidade, existem equipamentos chamados transformadores usados para adaptar os eletrônicos a voltagens diferentes. Os transformadores têm entrada de energia para 110V e saída para 220V, ou vice-versa, para serem conectados à tomada e ao aparelho cuja voltagem não é compatível com a instalação elétrica da casa.

Hilton Moreno explica que é possível comprar um transformador para cada aparelho ou um equipamento maior que poderá mudar a voltagem de um grupo de tomadas. Ele salienta que nestes casos é muito importante consultar um profissional da área, que vai poder indicar a melhor saída para a residência. O engenheiro ainda comenta que, dependendo do caso, não é raro sair mais barato comprar novos eletroeletrônicos em vez de investir em transformadores.

Por Samanta Dias – Equipe BBel