Para - raio um cuidado que todo sindico deve ter!!
O pára-raios é um item indispensável para a manutenção da segurança em edifícios.
Ele é responsável por absorver a descarga elétrica gerada pelo raio,
cuja potência média é de 15.000 ampéres.
Segundo o departamento de Defesa Civil do Paraná, anualmente quase mil pessoas
são atingidas por raios em todo o país.
A Superlógica entrevistou o Engenheiro Hélio Luiz Blauth, da Transiente Engenharia,
empresa localizada em Novo Hamburgo - RS que atua na área de SPDA
(Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas).
Segundo Hélio, para realizar a manutenção inicialmente deverá ser
verificado se o sistema de pára-raios existente atende às atuais diretrizes da
Norma Brasileira NBR-5419/2005 (que trata do assunto), e se está de acordo com
o projeto existente (se este existir).
Depois deverá ser verificado o estado dos componentes do sistema
(principalmente aperto de conectores e existência de corrosões).
Também deverá ser analisado o estado do subsistema de aterramento,
e em alguns casos, deverá ser efetuada a medição da resistência do aterramento.
Em edifícios residenciais a NBR-5419 solicita uma revisão completa a cada 5 anos.
Caso haja uma alteração na cobertura da edificação, o sistema
de pára-raios deverá ser reavaliado e regularizado em função da nova situação.
Caso for constatada a ocorrência de queda de raio na edificação,
o sistema de pára-raios também deverá ser revisado.
Obviamente a manutenção deverá ser feita quando for constatado
uma irregularidade ou um dos defeitos descritos anteriormente.
A manutenção do sistema é necessária para limpar e/ou remover eventuais
corrosões, substituir componentes com corrosão, e aplicar um produto para
inibir a presença de oxigênio para minimizar novas corrosões.
Apertar parafusos e conexões que estiverem frouxas. Revisar dispositivos de
fixação e reapertar se necessário, ou substituir ou efetuar nova
fixação.O que mais se fizer necessário, conforme constatado.
O tempo de vida de um pára-raio é de aproximadamente 20 anos ou mais.
Depende do tipo e da qualidade dos materiais utilizados, das manutenções
preventivas, da incidência de raios e do local. Na orla marítima a vida útil é bem menor.
O custo da manutenção depende da qualidade da empresa do profissional que executa
o serviço, e/ou critério de avaliação adotado. Evidentemente dependerá também do que
deverá ser utilizado em material e tamanho do sistema de proteção existente.
Existem empresas especializadas em SPDA, empresas instaladoras elétricas que
também atuam em SPDAs (que é como um médico clínico geral que presta
consultas também em cardiologia); empresas e profissionais da área
da prevenção de incêndio que também passaram a atuar nesta área
que geralmente não possuem todas as qualificações para tal.
Óbviamente a melhor opção em termos de qualidade em serviço
seria a primeira.Mas como normalmente a maioria dos condomínios procura o menor preço,
acaba contratando a segunda ou terceira opção, na qual o serviço prestado
geralmente não oferece aquela segurança e tranquilidade necessários
aos moradores e usuários da edificação.
Atualmente o tipo de pára-raio mais utilizado em edifícios é o sistema
denominado "Gaiola de Melsens", que consiste na aplicação da
Gaiola de Faraday (com vários condutores sobre os telhados
juntamente com vários mini Pára-Raios localizados em pontos estratégicos.
O antigo sistema Franklin aos poucos está sendo cada vez menos
utilizado em função da pouca proteção que o mesmo proporciona numa
edificação (o raio de proteção é no máximo igual a altura em que o pára-raios estiver instalado).
Existe um sistema moderno de tecnologia francesa chamado
E.S.E. (Early Streamer Emission) que seria de instalação mais fácil e de melhor
resultado visual. Mas este sistema ainda não é aceito pela Norma Brasileira.
Por exigência da Norma NBR-5419 e das autoridades fiscalizadoras do assunto,
toda a edificação deve ter um projeto atualizado do seu Sistema de Proteção
contra Descargas Atmosféricas, com a respectiva ART (Anotação de
Responsabilidade Técnica do CREA).
O projeto do SPDA somente poderá ser realizado por um engenheiro eletricista ou engenheiro
eletrônico, com especialização no assunto.
Assim sendo, cuidado com arquitetos e outros engenheiros não qualificados
que andam por aí fazendo e vendendo PLANOS de prevenção contra raios.
O cliente acaba comprando gato por lebre. O Plano, embora aceito pela
maioria dos bombeiros, não é um documento legal, não é reconhecido
pelo CREA e não tem valor jurídico
Nacifort Comercio e Instalações Ltda
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